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FAQ (Perguntas frequentes)

RESPONDIDAS PELO DR. GUSTAVO PEIXOTO




1) Qual é a melhor técnica operatória?

Não existe técnica perfeita em cirurgia bariátrica. A técnica deve ser escolhida levando-se em consideração vários fatores como: perfil dietético e psicológico do paciente, risco cirúrgico, necessidade de perda ponderal. Devemos considerar os aspectos individuais de cada paciente e acreditamos que a escolha da técnica deva ser compartilhada com o doente.

Qual é a mais utilizada?

A gastroplastia vertical com anel de silastic e “by-pass” gastroduodenal em y de Roux (cirurgia de Fobi-Capella) é a que mais utilizamos. Trata-se de técnica que associa restrição a ingesta alimentar com um pouco de disabsorção devido a desvio intestinal pequeno. É uma técnica mista. A perda de peso é maior que a oferecida pelas técnicas puramente restritivas (banda) variando entre 30 a 40% de perda em relação ao peso inicial.

3) Todos os pacientes emagrecem igual?

Não. As cirurgias bariátricas são instrumentos que contribuem para a perda de peso, com sucesso (perda > 50% do excesso de peso) em torno de 95% dos casos. Entretanto, mesmo nos casos onde a operação foi bem sucedida há uma grande variação da perda ponderal. Contribui para maior perda de peso: atividade física regular, dieta equilibrada e acompanhamento pós-operatório com a equipe interdisciplinar.

4) A cirurgia pode ser realizada por vídeo (laparoscopia) ?

Sim. Todas as cirurgias podem ser realizadas por vídeo exatamente como são feitas pela via convencional (corte). Principalmente a cirurgia de Fobi-Capella, onde não é ressecado nenhum órgão, é ideal para realização por vídeo.

5) Existem vantagens em fazer a cirurgia por vídeo?

São inúmeras as vantagens para o paciente. Destacamos: menor incidência de complicações relacionadas à parede abdominal (seromas, infecções e hérnias incisionais), retorno rápido às atividades laborativas, menor dor, menor incidência de complicações pulmonares e melhor resultado estético. Manteve-se a qualidade do procedimento, com adequada perda de peso e controle das morbidades. Fazendo da abordagem videolaparoscópica a primeira opção de acesso cirúrgico.

6) Porque as cirurgias bariátricas não são realizadas quase sempre por vídeo como as cirurgias para ressecção de vesícula biliar?

Devido a dois motivos principais: custo elevado e dificuldade no aprendizado da equipe cirúrgica. O custo com a cirurgia por vídeo é aproximadamente 2x maior que na cirurgia aberta. Existe uma grande tendência de alguns convênios a preferirem a cirurgia aberta por ser mais barata. 
O desenvolvimento da cirurgia bariátrica por vídeo requer da equipe cirúrgica um conhecimento prévio sólido em cirurgia laparoscópica avançada. Paciência é essencial na realização das primeiras cirurgias. Geralmente após 50 a 60 cirurgias a equipe está mais segura na realização do procedimento e o faz com melhor visão e até mais rápido que na cirurgia aberta.

7) Como é a anestesia?

Na cirurgia convencional é utilizada uma associação de anestesia peridural (para analgesia no pós-operatório imediato) com anestesia geral. Na cirurgia por vídeo, apenas anestesia geral.

8) Quantos dias ficarei internado? Irei para a U.T.I.?

Os pacientes permanecem no hospital em torno de dois a três dias, quando não há intercorrências. Poucos precisam de ir para a U.T.I. no pós-operatório, a maioria fica algumas horas na recuperação anestésica e vão para o apartamento.

9) Existe risco na cirurgia bariátrica?

Sim. Toda cirurgia tem risco e a cirurgia bariátrica é uma cirurgia de grande porte, portanto tem mais risco que a maioria das outras operações.
A morbidade operatória (probabilidade de complicação em 30 dias) é de 10 a 25% (considerando tudo, até as complicações mínimas) incluindo seromas, hematomas, infecções de ferida operatória, atelectasias pulmonares, pneumonias, trombose venosa profunda, tromboembolismo pulmonar, fístulas (abertura dos grampos ou suturas), peritonite, aderências, bridas, hérnia interna, obstrução intestinal, hérnia incisional, reoperações e problemas diversos (hipertermia maligna, rabdomiólise, choque anafilático, insuficiência renal , arritmias cardíacas, dentre outros) decorrente do uso de medicações e do próprio ato cirúrgico / anestésico. As complicações importantes no pós-operatório tardio são pouco freqüentes, principalmente nos doentes que fazem acompanhamento e utilizam a suplementação vitamínica prescrita.
A mortalidade (probabilidade de óbito) situa-se entre 0,5 e 2% na maioria dos trabalhos publicados e varia conforme a técnica utilizada e o tipo de paciente (superobesidade e comorbidade importante aumentam o risco) devendo cada caso ser considerado individualmente. Caso a cirurgia seja feita por vídeo, as complicações de parede são muito reduzidas.

10) Na cirurgia de Fobi-Capella, de que tamanho ficará meu novo estômago?

O novo reservatório gástrico ficará em torno de 30 a 50 ml. Porém a parede gástrica é elástica, e após alguns meses ocorre uma adaptação da bolsa gástrica associado à mastigação eficiente. O paciente consegue comer 25 a 30% do que ingeria antes da cirurgia e sente saciedade.

11) Após a fase de adaptação alimentar poderei comer qualquer tipo de alimento?

Sim. Entretanto, alguns alimentos (carne vermelha, pão, farinha...) serão mais difíceis. O segredo principal é mastigar muito bem os alimentos, triturá-los até que formem partículas diminutas.

12) Porque a colocação de uma prótese no novo estômago pode contribuir para o sucesso da cirurgia?

A prótese (anel de silastic ou tela de polipropileno) retarda o esvaziamento da bolsa gástrica, mantendo a saciedade por períodos mais prolongados. O controle da passagem dos alimentos da bolsa para o intestino pode ser feito também com a confecção de anastomose (passagem) bem justa, entretanto esse tipo de procedimento está mais associado com estenoses (estreitamento da anastomose).

13) Pode ocorrer algum problema com o “anel”?

Sim. Embora seja muito pouco freqüente (1 a 2%), o anel pode erodir para dentro do estômago (extrusão). Quando isso ocorre, inicialmente a conduta pode ser expectante ou remover o anel por endoscopia. Reoperações devido ao anel são raras.

14) De que são feitos os grampos utilizados no estômago?

São feitos de material inerte, Titânio. Permanecem indefinidamente no paciente e não interferem no organismo.

15) Como é a perda de peso na cirurgia de Fobi-Capella?

A perda ponderal é mais rápida nos primeiros três meses. Mantém-se de forma importante até seis meses. Em geral com um ano ou pouco mais ocorre a estabilização do peso. A maioria perde entre 30 e 50% do peso inicial e estabiliza em um peso pouco acima do normal. Doentes que praticam atividades físicas regulares perdem mais peso que os sedentários.

16) Mulheres operadas de obesidade mórbida podem engravidar?

Sim. Solicitamos às doentes que evitem gestação no período de emagrecimento mais importante (12 a 18 meses). Após esse período fica inclusive mais fácil engravidar pois a obesidade está relacionada com infertilidade. Muitas vezes a gestação é muito mais segura pois a obesidade e hipertensão estão relacionadas à doenças como a eclampsia e, após a cirurgia esse risco diminui.

17) Em relação às atividades físicas, como será minha recuperação?

Logo no pós-operatório imediato quanto mais caminhar, melhor. Diminui a probabilidade de trombose venosa e atelectasia pulmonar; acelera o retorno da atividade intestinal (diminuindo os gases e as dores abdominais). Pode subir e descer escadas. Pode deitar de lado ou em decúbito ventral. Pode dirigir automóvel, realizar suas atividades laborativas e retomar atividades sexuais assim que sentir-se seguro.
Evitar pesos
 e abdominais por 15 dias para cirurgia por vídeo e 45 dias para cirurgia convencional. Desenvolva atividades físicas regulares progressivamente, pacientes que realizam atividades físicas no pós-operatório emagrecem mais e com mais saúde.

18) Quanto tempo demora o preparo pré-operatório?

Varia muito de doente para doente. Alguns ficaram meses pensando em fazer a cirurgia, estudando o assunto e tem em seu convívio próximo alguém operado, para esse tipo de paciente o preparo é mais rápido (o tempo de passar com a equipe, realizar os exames e viabilizar a parte burocrática com o convênio). Outros doentes chegam totalmente desinformados sobre a cirurgia ou apresentam comorbidades importantes não controladas e requerem um preparo mais demorado.


Galera, espero ter ajudado!!!
Site do Doutor Gustavo: http://www.drgustavopeixoto.com.br/
Beijos,


Chris Dnz

 
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